Este blog faz mal à saúde. Se conhece alguém com influência ou com um martelo de orelhas, mande fechar este blog. Não se admite tamanho atentado à integridade intelectual dos cidadãos. E à integridade física dos llamas chilenos. Nem que José Carlos Malato faça tanta cura de emagrecimento e apareça todo nú em festas gay mais gordo ainda. E não se admite que não haja quem arranje uma cadeira mais larga para o João Gobern se sentar

Tuesday, January 16, 2007

De Espanha, nem bom vento, nem boa educação

Os espanhóis devem ser os mais mal-educados do mundo. Mais mal-educados do que os gregos, que apesar de tudo são uns mal-educados que se compreende, porque ser grego já é mau que chegue e viver na Grécia deve dar uma azia terrível. Os espanhóis conseguem, inclusivamente, ser mais mal-educados do que os portugueses. Algo que não deixa de ser notável, tendo em conta que a má-educação está no código genético dos portugueses, mais ou menos na mesma zona em que se encontram os genes que identificam desde logo um verdadeiro português, como o bigode, a incapacidade para conduzir, a faculdade de arrotar altíssimo, o galo de Barcelos e o chico-espertismo. Se bem que, diz-se, o galo de Barcelos é capaz de não ser genético, mas ainda ninguém provou o contrário.

Os espanhóis não têm nada disto no sangue, são mal-educados por convicção. Não espanta, porque os espanhóis, na verdade, não têm identidade nenuhma. Vivem num país estraçalhado por um provincianismo gigantesco - os catalães gostavam de ser independentes, os bascos gostavam de ser franceses, os andaluzes gostavam de ser africanos, os castelhanos e navarrenses não têm vontade própria e os galegos, no fundo, são portugueses, só que ainda não descobriram - falam várias línguas diferentes dentro do mesmo país, julgam-se uma espécie de Estados Unidos da Europa (mas em bom) e ainda se dão ao luxo de ter umas ilhas plantadas no meio do Mediterrâneo e no Atlântico, ilhas essas que só são espanholas para receber os subsídios do governo central. E nem nisso são originais, porque o Beto João já se lembrou disse há muito mais tempo na sua quinta madeirense.

Os espanhóis são tão mal-educados que até roubam terras aos outros só para mostrar a sua falta de educação. Ficaram com Ceuta para mostrar aos africanos que, no fundo, África é espanhola, e ficaram com Olivença para mostrar aos portugueses que, no fundo, são os espanhóis que mandam... em Olivença.

São deselegantes e demodées. Já não se usa ter um rei. Só se for um «Rei dos Frangos da Guia», como há no Algarve, ou um «Rei dos electrodomésticos», como o de Gondomar. Isso sim é que sao reis! Agora um rei do tipo «a família real»? Ridículo... É que, ainda por cima, não só não é original, como já nem entretém: o rei de Espanha não diz barbaridades em público, não é gordo, não tem aspecto de desenho animado, a família dele é extremamente aborrecida e previsível. Uma das filhas casou com um jogador de andebol que era da Catalunha, mas tinha nome húngaro. O filho mais velho andou uma data de anos armado em solteirão, a imitar aquele rapaz dos óculos do Mónaco, mas nem sequer se deixava apanhar numa aventurazinha com uma stripper ou com uma top model ou com uma cabeleireira do Cacém, nada. Enfadonho. Depois casou com uma espanhola totalmente desinteressante e praticamente sem defeitos. E já têm duas filhas. Absolutamente aborrecido. Não consta que ninguém da família real se embebede forte e feio nas festas sociais, como faz (e muito bem) aquele Ernesto de Hannover que sacou a Carolina do Mónaco, o tal que faz xixi no mar Mediterrâneo... da proa do barco. Não consta nenhuma das filhas do rei tenha decidido ir viver para uma roullote com um artista de circo, nem que tenha decidido pôr uma filha bebé a fazer números arriscados com elefantes. Não consta que nenhuma filha do rei de Espanha tenha decidido gravar um disco, como fez a Estefânia. E isto, meus amigos, é extremamente boring. Não tem pontinha de sal.

Mas os espanhóis gostam de dizer que têm muito sal. Chamam-lhe «salero». Mas não têm nenhum. A única espanhola que tem sal, e por vezes chega ao patamar «muito sal», é a paella. Essa sim, é uma espanhola e tanto. De resto, os espanhóis são saloios, bimbos e, não sei se já tinha dito, são mal-educados.

Sentei-me à mesa e, à direita, calhou-me um espanhol. Pequenino, com uma barba farta, óculos grossíssimos, só não era um dos sete anões porque, segundo confirmei, nenhum dos sete anões sabe falar espanhol. Estão a pensar contratar um oitavo que saiba, para fazerem uma digressão pelo Mercosur, mas para já mantêm-se os sete. Perante o espectro de ter que «trocar impressões» com o mini-espanhol barbudo, que desde o instante em que me sentei até ao momento em que toquei pela primeira vez no guardanapo, disse joder! sete vezes, preferi falar com o companheiro português que estava à minha esquerda, que ainda por cima é bom rapaz e do Benfica.

Mas o sacana do espanhol mal-educado não demorou até interromper e meter conversa, ainda por cima agarrando-me com violência no braço, como se me conhecesse há aos. Aliás, nem quem me conhece há anos me agarra assim no braço, porque só me dou com gente educada. Agarrou, falou para a mesa toda debruçado em cima de mim, gritou, comeu com as mãos, disse joder! e óstia! mais 44 vezes, comeu o meu pão, cuspiu-me com perdigotos e fez trinta por uma linha. Até me deu uma palmada no ombro (coisa que até agora me está a traumatizar a ponto de pensar meter baixa por invalidez...). Depois apareceu um rapazito inglês, muito simpático, que esteve por ali uns minutos a conversar, na maior das calmas. O mini-espanhol, calado que nem uma cotovia afónica. Quando o rapazito inglês se foi embora, o gnomo castelhano perguntou: «o que foi que ele disse?». É que os espanhóis só sabem falar espanhol e, mesmo assim, com alguma dificuldade.

Depois apareceu o Fernando Alonso. Os espanhóis, numa ridícula demonstração de subserviência, abraçaram-no, bateram palmas, ajoelharam-se aos pés dele. Não deixaram ninguém falar com ele. E quando ele se foi embora, o espanhol-miniatura perguntou: «querem que vos diga o que ele disse?». Não obrigado, solomillo barbudo. Nós, pelo menos, esforçamo-nos para perceber o que os outros dizem. Mesmo sendo em espanhol.

Por fim, levantou-se da mesa e disse «esperem aqui um instante, que eu vou trazer o Fernando Alonso aqui para tirar umas fotos com ele na nossa mesa». Escusado será dizer que nunca mais apareceu. Ou se calhar apareceu, mas não estava lá nenhum português à espera dele.

O pior da Espanha são os espanhóis. Podiam ser alguma coisa de jeito, convencem-se que, de facto, sao alguma coisa de jeito, mas não são. E é uma pena, na verdade. Porque, se pudesse, era em Espanha que eu vivia. E aqui mesmo, nesta cidade.

Valência, Espanha, 16/01/2007

3 comments:

ceci said...

Me parece injusto juzgar a todos los españoles por un bajito gordito impresentable y maleducado.Todos los españoles no son iguales, algunos ni se parecen entre sí,lo mismito que le ocurre a los portugueses. A la mayoría tampoco les gusta la familia real.
Algunos hasta se esfuerzan por entender el portugués e incluso hablarlo (y créame que no es nada fácil para un hablante de una lengua de 5 vocales y pocas consonantes como el castellano).
Por otro lado, a veces los portugueses me parecen mil veces más "boring" que nosotros, pero no voy a decir "o pior de Portugal são os portugueses" porque no voy a descender al mismo nivel de mala educación. Me ha parecido fatal el comentario. No nos lo merecemos.
Ceci, una española sin identidad (por lo menos no tengo la eterna "crisis de identidad" lusitana) Beijos a todos os portugueses educados de Portugal

Anonymous said...

Los portugueses educados de Portugal agradecen. Todos los tres que existen.

Anonymous said...

Acho rídiculo a generalização que é feita pelos brasileiros relativamente aos portugueses. Já pensaram que o motivo pelo qual nós somos tão antipáticos com voces tem exactamente a ver com este tipo de opinião e generalização que vocês fazem? Tenho estado a ler alguns Blogs, do qual destaco este

http://www.blogger.com/feeds/3306478371739531296/posts/default

E sinceamente, depois de ler isto, verifico que os únicos tacanhos e estúpidos aqui são mesmo estas pessoas. Não, a nossa vida não é só festa e gajas nuas, mas isso não faz de nós mal educados. POrque embora haja portugueses que o são (tal como existem brasileiros bem otários) a verdade, é que com este tipo de atitudde só estão a promover o desamor entre os nossos países.

E sem generalizar, falando apenas dos que vi e ouvi, vocês têm a mania que são melhores que todos, os portugueses têm a má educação nas veias, os espanhóis são por convicção, os gregos pq são gregos...e voceês meus caros? Que tratam abaixo de lixo um povo qu nutre por vocês imenso carinho? Aqui a maioria dos brasileiros são prostitutas, ladrões, traficantes e geradores de problemas...e não é por isso que deixamos de adorar o vosso país e manter o máximo respeito por voces e pelo vosso povo.Não nos ouvem dizer que o vosso país são só putas e chulos. Dizem que nós somos intolerantes...mas voces é que não toleram que a nossa vida seja uma festa como a vossa! =S

Dá pena ver pessoas naturais daquilo que não é mais que um PAÍS DE TERCEIRO MUNDO, que mal sabem escrever e falar a língua portuguesa, julgarem-se os melhores do mundo. =)

Deixem-me só já agora dizer que até agora, de todas as vezes que fui a Espanha, já encontrei gente fantástica e gente terrivel...como em todo o lado, há gente boa e gente má! =)

Como tal...não generalizem, critiquem o que há para criticar, digam o que têm para dizer, mas lembram-se que em 10milhões, nem todos são iguais, e que mesmo os "simpáticos" não gostam de se ver constantemente inultados, e depois tornam-se "antipáticos" e não, não é genético! =)

Cumprimentos

Para o improvável caso de alguém querer saber as coisas parvas que por aqui se dizem...

Coisas que se dizem assim por aí...

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