Este blog faz mal à saúde. Se conhece alguém com influência ou com um martelo de orelhas, mande fechar este blog. Não se admite tamanho atentado à integridade intelectual dos cidadãos. E à integridade física dos llamas chilenos. Nem que José Carlos Malato faça tanta cura de emagrecimento e apareça todo nú em festas gay mais gordo ainda. E não se admite que não haja quem arranje uma cadeira mais larga para o João Gobern se sentar

Wednesday, February 25, 2009

O carnaval nas Caldas da Rainha é o mais brejeiro do Mundo. Quem sabe, até, de Portugal

Fantásticos, estes últimos dias. Pessoas aos magotes na rua, grandes sorrisos, até uma simpatia que desconhecia existir. À noite, a grande loucura do futebol. Está-se bem em Londres. Só uma má notícia: o meu enviado-especial ao carnaval das Caldas disse-me que esteve um dia vestido à Verão. Pena. Porque parece que o carnaval das Caldas foi a brejeirice do costume...

DO NOSSO ENVIADO-ESPECIAL AO CARNAVAL DAS CALDAS,
Edgar Varejeira

(melhora depressa, man... se os danos psicológicos provocados por este carnaval to permitirem...)

«As frivolidades brejeiras do Carnaval das Caldas da Rainha começaram por volta das três horas da tarde. A criançada inocente e parola aperaltava-se para aquele que seria o ponto alto do dia: a parada das dez ou mais viaturas apetrechadas de símbolos fálicos – alguns mecânicos, outros operados pelas criaturas de indumentárias bizarras – que encarnam o historial do pénis de loiça da localidade supracitada.

Com as gentes esclarecidas e assalariadas reunidas na praça principal, o “entertainer” da rádio regional invocou a presença da rainha do Carnaval, Merche Romero, para dar início ao desfile. Ao meu lado, uma idosa criatura sorridente de seus setentas ostentava uma bandelete com dois pénis. Nas colunas espalhadas pela avenida e praça principal, as membranas vibravam ao ritmo do também-tradicional-das-Caldas samba.

O desfile começara. Uma mãe e seus dois rebentos repastavam-se com Danoninhos na praça quadrada, enquanto os balões de água acertavam, em catadupa, na Rainha do Carnaval e seus Reis. E o povo rejubilava.

Por entre as divertidas e satíricas alusões prosadas sobre José Sócrates, Oliveira e Costa e o Magalhães, constavam novas palavras, frutos do acordo gramatical com a sociedade de Riquexó-de-Baixo. As crianças, essas, sorriam. A meus olhos - lavados em lágrimas da emoção que se me apoderou de assistir a tamanhas coreografias, frutos do treino árduo dos cinco minutos anteriores ao desfile – circulavam as gentes pequenas, das escolinhas adjacentes. Cheias de vivacidade, saltitavam com os seus pequenos computadores Magalhães, cada um com o seu pénis ilustrado na tampa do dito dispositivo.

Quando terminou o desfile, o apreço do “entertainer” pela Rainha foi ouvido por todos os presentes. “Tu merches comigo, Merche”, dizia o jocoso amigo da brincadeira. O povo, esse, ria, e o brilho nos olhos dos locais garantia uma, e uma só certeza: para o ano, a comparência está garantida.»


Certas e determinadas pessoas deviam ser proibidas de sair à rua. Proibidas de existir, até. Ou então entregavam as Caldas da Rainha à jurisdição autónoma dos Açores. Isso é que havia de ser um carnaval...

o

Wednesday, February 18, 2009

O carnaval de Loulé é estúpido. Mesmo assim, um bocadinho menos estúpido que os outros

Excelentes notícias para este carnaval!

As companhias low-cost estão a fazer umas promoções bestiais para alguns destinos na Europa, o que significa que, para mim, fugir para uma cidade qualquer onde nem sequer saibam o que é o carnaval vai sair-me mais barato do que ir a Loulé assistir às festividades.

A actriz Vitória Guerra, natural de Loulé e imensamente popular pelos seus desempenhos em produções televisivas portuguesas, vai ser a estrela do carnaval louletano, onde, segundo o Algarvepressnews, a Vitória vai ter oportunidade de irradiar os esperados 100 mil visitantes com a sua estonteante beleza. Infelizmente, eu não sei quem é a Vitória Guerra, mas espero - muito, mas muito sinceramente - que não seja a menina que aparece nesta foto de divulgação do carnaval de Loulé. Quanto mais não seja porque esta menina que aparece na imagem tem, digamos, um pénis debaixo daquela tanga.

O tema do carnaval de Loulé é, este ano, «Alegria, Natureza e Carnaval». Bom, tendo em conta que um dos convidados especiais para animar a malta (sobretudo as crianças - as mais novas e as crianças adultas) é o Avô Cantigas, compreendo que estejam reunidas condições para haver «Alegria». Quem nunca gingou ao som do Fantasminha Brincalhão? Quem nunca trauteou a música do «Eu sou o avô cantigas, todas as crianças são minhas amigas...» o dia todo porque, infelizmente, é daquelas canções que se cola ao fundo do cérebro e não «deslarga»... Já quanto à parte de «Natureza», não compreendo bem como se adapta. Até porque o Avô Cantigas, como toda a gente sabe, é falso. Não é um avô a sério. Não cheira a naftalina nem usa ceroulas. É um rapaz novo que se mascara para parecer avô. A única coisa verdadeira que tem é o bigode e, mesmo assim, esse aguenta-se com laca. Mas tendo em conta que o Carlos Vidal se mascara de Avô Cantigas, então está garantida a parte de «Carnaval».

Aparentemente vai haver tanta coisa para ver e fazer durante o carnaval de Loulé que ninguém vai ter mãos a medir. Os habitantes de Loulé, por exemplo, já estão a fazer as malas para se porem ao fresco o mais rápido que conseguirem, para fugirem à horda de idiotas que vai entupir o trânsito, encher as ruas de lixo e esgotar o stock de cerveja e tremoço dos cafés. Segundo a apresentação feita pelo Algarvepressnews, vai haver «gigantones, cabeçudos, grupos de animação, a Escola de Samba da Abrigada e as bailarinas brasileiras com os corpos pintados e o samba no pé». E com pêlos nas pernas e bigodes fartos, acrescento eu. E com frio, acrescento eu outra vez.

Um estonteante total de 17 carros alegóricos irá desfilar na Avenida José da Costa Mealha* desafiando a sátira social com o tema «um animal em vias de extinção: o Homem». Bolas, não tinha ideia... não sabia que o Homem era um animal em vias de exitnção. Se calhar era importante pegar numa série de louletanos e fechá-los em habitat controlado para se reproduzirem. Só homens. Vá, homens e o lince da Malcata, todos no mesmo ambiente controlado, assim de uns 12 metros quadrados. Aposto que ganhava um louletano.

* coitado do José da Costa Mealha... deve andar às voltas na tumba. Mal sabia ele que tudo o que fez pelo município e pelas suas gentes acabaria a ser espezinhado por um ridículo corso carnavalesco... para quem não sabe, foi ele que pagou, do próprio bolso, a avenida por onde passa o desfile e que hoje tem o seu nome. Foram 15 contos de reis na altura. Era muito dinheiro. O sufuciente para comer chocos à algarvia durante 75 anos.

Vai haver um baile com concurso de máscaras, marcado para 21 de Fevereiro às 21h30 no Convento de Santo António. Dada a localização, seria previsível que fosse um desfile das melhores máscaras de monges e freiras, com claro favoritismo para uma vitória de Miguel Ângelo, dos Delfins. Mas não. Aparentemente, será um concurso para quem for mascarado de super-herói, o que significa que têm inscrição assegurada todos os que forem mascarados de Homem-Aranha, Batman, Superman, Lara Croft, Professor Bambo, Mantorras, Valentino Rossi, Manuela Ferreira Leite, Emplastro, Toy, Valentim Loureiro e talvez até daquele moço que é presidente do Comité Olímpico Português, o Vicente Moura, que, para além de ser um clone do Padre Melícias, é também um verdadeiro herói por ter suportado praticamente sobre os seus próprios ombros a desgraça que foi a representação olímpica portuguesa em Pequim. Pobre mártir. Doeu quase tanto quanto aos testículos do Martim Moniz quando se deixou entalar nas portas de Lisboa.

Honra às coisas boas que tem este ridículo carnavalinho português: as receitas do carnaval de Loulé revertem para a Santa Casa de Misericórdia. Ainda bem. Uma atitude inteligente no meio disto tudo. Até porque a Santa Casa tem gasto uma fortuna para manter a funcionar aquele abrigo anti-nuclear onde a Maddie está escondida.

o

Para o improvável caso de alguém querer saber as coisas parvas que por aqui se dizem...

Coisas que se dizem assim por aí...

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