Este blog faz mal à saúde. Se conhece alguém com influência ou com um martelo de orelhas, mande fechar este blog. Não se admite tamanho atentado à integridade intelectual dos cidadãos. E à integridade física dos llamas chilenos. Nem que José Carlos Malato faça tanta cura de emagrecimento e apareça todo nú em festas gay mais gordo ainda. E não se admite que não haja quem arranje uma cadeira mais larga para o João Gobern se sentar

Tuesday, December 05, 2006

A maldição da fila

Sempre que vou a uma superfície comercial, seja ela qual for, fazer a comprinha mais insignificante do mundo, há-de sempre haver azar. Seja na mercearia do Sr. Abel, nos mosqueteiros, no mais barato da região, no mundo de atoalhados para o lar ou no 'eu é que não sou parvo', o tormento é sempre o mesmo. Não, não são as filas enormes para pagar. Com isso posso eu bem. O que me tira do sério é que, na minha fila, rigorosamente à minha frente, calha sempre uma das seguintes pessoas:

- a senhora que se esqueceu da margarina e pede licença para voltar atrás para ir buscá-la, prometendo demorar 2 segundos mas demorando, na verdade, 4 minutos e meio;
- a senhora que leva o marido e que se põe a discutir com ele porque lhe disse que queria o ambientador rôxo e ele trouxe o amarelo, já na semana anterior tinha sido a mesma coisa, disse-lhe para trazer o atum em água e ele trouxe em óleo e isso faz muito mal ao fígado e ela sofre de lumbago e não pode beber leite com natas...;
- a senhora que leu o preço na prateleira errada, quer levar uma caixa de detergente da roupa que custa 39 euros pela módica quantia de 9,99 euros e, mesmo apercebendo-se do ridículo da situação, manda chamar alguém à caixa para confirmar o preço, não dando assim parte fraca;
- a senhora que atendeu uma chamada de telemóvel no preciso momento que começou a colocar as compras no tapete, fazendo-o à razão de um produto por cada vez que diz 'não acredito, ele fez isso?!' e ignorando as perguntas da menina da caixa que se questiona se poderá misturar as latas de feijão com os toalhetes e com o fio dental comprado na secção ménage;
- a senhora que entrega um cartão multibanco que não passa na máquina e, ao fim das primeiras 47 tentativas, pede para tentar mais umas duas ou dezassete vezes e, convencendo-se que é inútil, troca por um cartão visa que, assim que passa na máquina, dá a mensagem 'não autorizado', ao que ela exclama 'mas não é possível', contando depois a história toda de como uma tia distante que era mãe solteira e a filha tinha sífilis lhe deixou uma herança de uns maples de napa que ela mandou leiloar e que o dinheiro já lhe devia ter entrado na conta e que o marido está ausente no Brasil em negócios e ao fim de 12 minutos a contar a história das primas, descobre um molho de notas dentro da carteira que chegam para pagar as contas e ainda dá troco;

São sempre as mesmas e fazem de propósito para calhar na minha fila, à minha frente.

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Para o improvável caso de alguém querer saber as coisas parvas que por aqui se dizem...

Coisas que se dizem assim por aí...

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