Milhares de pessoas convergiram ontem até Estarreja para assistir ao Corso de Terça-feira. Nem chuva, nem frio, nem vento impediram que centenas de graúdos e miúdos desfilassem na Praça Francisco Barbosa durante mais de duas horas.
Bom. Para já, se foram «centenas», quer dizer que não foram «milhares». O que até me parece uma decisão sensata por parte dos «milhares» que decidiram não ir (pudera!, chuva, frio e vento são convites demasaido tentadores para ficar em casa na restomenga!). Mas o que é preocupante é que «centenas» decidiram, ainda assim, ir enfiar os miolos debaixo do mau tempo, o que me parece um extraordinário exemplo de masoquismo. Ou então, apenas parvoíce.
Pior que tudo, parece que entre as «centenas» havia miúdos e graúdo. Quanto aos graúdos, estou-me a borrifar, cada um tem o que merece. Quanto aos miúdos, coitados, tenho que lamentar porque eles, de facto, não têm possibilidade de escolha e fazem o que os papás lhes dizem. Tivessem ficado em casinha e talvez os papás tivessem que puxar pelas ideias para lhes arranjar uma festinha de carnaval menos atreita a gripes.
É que, felizmente, a profecia cumpriu-se: nesta espécie de Verão de São Martinho que todos os anos tentam inventar para o carnaval, não há bom tempo que lhes valha - está sempre um frio de rachar e chove a potes. Quem andou na rua segunda e terça-feira pôde, finalmente, na quarta-feira seguinte, voltar a protestar contra o fecho das urgências. Sobretudo porque, nesse dia especialmente, lhes fazia um jeito dos diabos um médico que lhes acudisse a gripe.
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